ROMBO NA SANTA CASA PODE CHEGAR A QUASE R$ 1 MILHÃO

Por Conrado Vitali de Oliveira, nas Redes Sociais

 É questão de dias, senão de horas. O novo provedor da Santa Casa de Misericórdia de Guaíra (SP), o advogado petista Edvaldo Botelho Muniz, desconfiava que a coisa poderia estar ruim apesar da suspeitíssima propaganda ufanista da gestão que o antecedeu no hospital mas não achava que o rombo seria tão grande. Edvaldo deve anunciar nos próximo dias que encontrou um passivo que estaria batendo nos R$ 800 mil. Seria o caso de perguntar por onde será que se meteu a festejada “competência gestora” dos antigos provedores, os empresários Antonio Manoel da Silva Júnior e Aluísio Aguetoni, que deixaram o comando do hospital no último dia 31 de março com o “gogó” estufado, afirmando que contavam, por conta de seu “talento” administrativo, com apoio de 99% da população.
Também seria o caso de perguntar se os tais 99% da população foram informados da dívida que os Eikes Batistas locais conseguiram produzir em seu “fantástica” gestão do hospital. Mais abaixo e dá para encontrar outros buracos “interessantes”. No final do ano passado a provedoria festeira da Santa Casa comemorou, com apoio da imprensa que sempre manteve relações promíscuas com a elite, a compra de um caro equipamento para exames de saúde. Ostentavam a aquisição como prova de seu talento “modernizador” à frente do hospital. Deixaram, é claro, de contar o que Edvaldo também acaba de descobrir: o tal aparelho foi comprado fiado por meio de um financiamento cujas prestações começam a vencer – adivinhe?!? – em junho deste ano. É isso mesmo que você está lendo. Compraram fiado, chamaram a imprensa amiga (que publica qualquer coisa para agradar a seus patrocinadores) para divulgar a realização e deixaram a “comanda” para o próximo ocupante da mesa pagar. Nunca foi tão fácil estourar champanhe. “Eu compro e você paga. Eu comemoro e você se ferra. Eu atraso o pagamento dos médicos e o prefeito leva a culpa”. Já imaginou o que essa gente talentosa poderia fazer no comando do município? Agradeça, crédulo leitor e ouvinte dos jornais e emissoras que vivem pendurados no saco dos “grandes empresários” , à soberba destes senhores. Foi o nariz empinado deles e o ar de bacanas da pirâmide social que os afastaram – ainda bem (e põe bem nisso) – de qualquer chance eleitoral mais consistente. Se no comando quinquenal de um hospital abastecido aos tubos por dinheiro público conseguiram deixar uma dívida que lambe a casa do “show do milhão”, qual passivo não seriam capazes de produzir e omitir se tivessem à mão o leme do município? Viva o Clube dos 20. E boa sorte para todos os seus empregados. Tomara que de volta à dedicação exclusiva aos seus negócios, os Eikes do Gogó sejam capazes de algo mais memorável. Compartilhar

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