Áreas para 360 casas já estão praticamente na mão, unidades podem começar a serem construídas no fim deste ano ou começo do ano que vem
Durante a apresentação do PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social – o prefeito, Sérgio de Mello deu ótimas notícias para a população que lotou o plenário da Câmara, quinta feira, dia 16. A área para as 240 casas da CDHU já está em avançada fase de negociação para compra pela Prefeitura e a gleba para as 120 casas do Minha Casa Minha Vida (faixa 1) o Executivo já é proprietário. “A Prefeitura vai adquirir a área e tem condições de pagar a vista. Por isso que adiei a festa do peão. A festa pode até ocorrer em outro momento, mas inicialmente necessitava reservar recursos para compra de área para residências para o povo de baixa renda que necessita de casas”, declarou Sérgio.
Já para a construção das 120 casas do Minha Casa Minha Vida a administração vai disponibilizar uma área que pertence a municipalidade nas proximidades do Centro Esportivo Vicente Lacativa.
Rumo as 1.000 casas
Em quatro meses de administração Sérgio de Mello conseguiu mais da metade do seu compromisso, as 1.000 casas. Somando-se as 240 unidades do CDHU, as 120 do Minha Casa Minha Vida e as 150 do Minha Casa Minha Vida/Entidades, a administração contabiliza 510 unidades.
Durante o evento que servia para apresentar o diagnóstico do déficit habitacional da cidade a ansiedade da população era pelo anúncio de inscrições. Sérgio tranquilizou o povo salientando que pretende fazer um processo de inscrição sereno e organizado e implementar uma seleção justa. “Não quero fazer ninguém madrugar na porta do ginásio de esportes. Vamos fazer um cadastramento organizado. Indicando cada pessoa para a modalidade de conjunto mais adequado para a realidade dela. E, melhor, sem cobrar taxas!”, sentenciou, num momento em que a população demonstrou revolta por pagar taxas no último empreendimento habitacional popular anunciado na gestão anterior. Empreendimento frustrado, que de acordo com os próprios participantes da assembleia de quinta feira, nunca devolveu o dinheiro empenhado por aqueles que sonharam com a casa própria.
Especulação Imobiliária
O PHLIS, conforme, disse Dr. Carlos Liso, da empresa Liso e Brêga Advogados Associados –que organizou o diagnóstico do déficit, revelou aquilo que o povo de Guaíra sente: quem mais sofre com a falta de moradia são as pessoas de baixa renda, os aluguéis e os terrenos são muito caros e existem grandes áreas dentro do perímetro urbano desocupadas. Glebas usadas para a especulação imobiliária. “O preço do metro quadrado em Guaíra é equivalente ao de Ribeirão Preto e São Paulo, muito caro para uma cidade com menos de 50 mil habitantes”, frisou o Dr. Carlos Liso.
O plano fez mais do que diagnosticar a necessidade das moradias populares. Apresentou para o prefeito alternativas, no caso de Guaíra tendendo a abaixar o preço das glebas, usando de instrumentos previstos no Estatuto das Cidades. Informações estas que foram comemoradas pelo povo presente ao evento e ansioso por sua sonhada casa própria.
Sérgio foi consciente e avisou à população que mesmo tendo áreas e unidades empenhadas pelo programas de moradia popular, devido aos tramites burocráticos e procedimentos de engenharia, provavelmente a construção de casas Guaíra deve ver somente no final deste ano ou no começo de 2014.
Loteamentos X Casas Populares
Acompanhado do vice-prefeito, Denir Ferreira dos Santos, o prefeito, Sérgio pediu apoio do povo para sua administração, participando de audiências, plenárias e votações de projetos. Ele acredita que devido à vontade popular não terá dificuldades com os vereadores, mas conclamou a população a ajudá-lo no enfrentamento à especulação imobiliária. “Para vocês terem uma noção do absurdo que é a especulação imobiliária de Guaíra: o prefeito de Ipuã, nossa vizinha de cerca, pagou R$ 90 mil o alqueire de terra para construção de casas populares. Aqui em Guaíra os proprietários de glebas falam em R$ 500 mil. Em Barretos uma construtora que fará casas pelo Minha Casa Minha Vida faixa 2, pagou R$ 280 mil no alqueire. Um absurdo que ocorre porque só fizeram loteamentos particulares. Nos últimos quatro anos foram aprovados 18 loteamentos e nenhuma casa para a população de baixa renda”, desabafou.
Sérgio continuou informando que não só suspendeu a aprovação de novos loteamentos como solicitou sindicâncias para investigar o procedimento adotado na aprovação dos antigos. Revelou que as primeiras conclusões do inquérito administrativo apontam para absurdos que em breve devem ser revelados para a população via imprensa
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