Comunicações: qual o caminho a seguir?

Por Marco Aurélio Mello, no blog DOLADODELÁ:

1. Que jornalões, que nada. Segundo a pesquisa, a primeira fonte de informação para 46,2% dos entrevistados são os jornais locas. 

 2. As editorias de Brasil e Internacional dos jornalões estão com os dias contados, porque a internet é hoje a fonte habitualmente usada para informações sobre o Brasil e o mundo. 

 3. Para um terço de todos os entrevistados (35%) a imprensa atende exclusivamente aos interesses do dono e para outro terço (32%) o interesse dos mais ricos. Onde fica a credibilidade? No lixo. Por isso, "jornalixo". 


4. Constatação escandalosa: Sete em cada dez pessoas não sabem que canais de televisão são concessões públicas (talvez por isso é que parte considere a regulamentação como forma de censura). 

 5. Quase a metade dos entrevistados não sabe o quanto a mídia é concentrada e oligopolizada. Por isso eles fazem o que querem, não é mesmo dona Helena Chagas? 

 6. Sete em cada dez brasileiros acreditam que deveria haver melhor regulamentação da programação e para quase a metade (46%) há que haver algum tipo de controle social, para impedir abusos. É este debate que o Governo tinha que pautar nas ruas. 

 7. 61% não querem mulher-objeto no ar e 54% não querem minorias humilhadas e maltratadas. Por isso, quase dois terços de todo público da TV não se vê retratado nela. 

 8. Outro dado curioso é que o Facebook se transformou na maior ferramenta para se espalhar um boato. 

9. Conclusão: as pessoas querem mudanças nas comunicações e a hora parece ser essa, dona Dilma! Fonte: Fundação Perseu Abramo/Universidade de São Paulo (USP) Metodologia: 2400 entrevistas, sendo 344 na zona rural. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. 

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