O governo dos Estados Unidos espionam todos os países do mundo. Isso é parte de sua cultura de guerra e de sua síndrome de donos do planeta. É bem verdade que, além de relações no âmbito da diplomacia, as embaixadas de todos os estados nacionais repassam informações sobre o que acontece ao seu redor. Mas isso não lhes dá o direito de grampear chefes de estado e de governo, empresas ou pessoas comuns.
A recente revelação de Dilma Rousseff foi alvo direto dessa prática expôs ainda mais a inconveniente – para ser elegante – mania estadunidense de ditar as regras no mundo. Tudo em comum acordo com suas grandes empresas, especialmente da área de comunicação. Além de intervenções militares, a arapongagem dá vantagem em negociais comerciais.
E pior, Dilma então é “área de preocupação”. Não se sabe por qual motivo. O Brasil, mesmo tendo a partir de 2003 diversificado e muito suas relações comerciais, diminuindo consideravelmente o peso dos EUA em nossas transações comerciais, não é ameaça militar à terra de Walt Disney. Mesmo não mais abanando o rabo para todas as suas vontades, não temos uma postura ostensiva contra aquele país. Então qual é a preocupação de Obama?
Essa história da carochinha não cola – talvez nem entre os cidadãos estadunidenses – e ele deve sim, como afirmou o ex-presidente Lula, desculpas ao Brasil. Isso no mínimo. Essa coisa toda é tão esdrúxula que até José Serra se solidarizou com a presidenta Dilma em um de seus perfis nas redes sociais. Cabe destacar que ele foi repreendido por seus seguidores eletrônicos. Todos brasileiros com síndrome de vira-latas.
O dedo em riste de Obama até já sequestrou Evo Morales, presidente da Bolívia. Pior foi a complacência de países como a França, da “área nobre” do continente europeu. Tudo para caçar Snowden, como se ele fosse o mal encarnado na Terra. De repente, faltam espelhos na Casa Branca. É de lá que saem a esmagadora maioria de ordens de guerra ao redor do planeta. É de lá que se mantém a maior indústria bélica que se tem notícia. Não é à toa que é essa indústria que mais tem parlamentares no bolso naquele país.
Essa intromissão estadunidense em assuntos que apenas dizem repeito aos demais países precisa ter um fim. O jogo sujo para obter informações privilegiadas em negociações comerciais tem que acabar. Essa mania de ser deus e estar em todo lugar conduzindo à força a história dos povos não pode ser mais tolerada. Na boa Obama, who you think you are?
Nenhum comentário:
Postar um comentário