Construção das 1.000 casas

Da Prefeitura Municipal

 Caixa Federal vistoriou terça-feira, dia 16, área para 392 casas do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades contradizendo mal-entendido na imprensa que acusa prefeito de descumprir promessa e baixar de 1.000 para 500 meta de construção de casas. 

 Estiveram em Guaíra na terça-feira, dia 16, de manhã, o gerente regional de governo, Carlos Augusto Bronca, o gerente regional de construção civil, Wagner Pereira e o gerente de filial de Habitação da Caixa Federal, Maurício Gauche. A comitiva do banco veio ao município para vistoriar a área que foi destinada para a construção de 392 casas pelo Programa Minha Casa Minha Vida Entidades. Uma modalidade de edificação que envolve Governo Federal, Prefeitura e entidades sindicais. 


 Estas unidades serão edificadas numa área de propriedade da Prefeitura, atrás do bairro Fábio Talarico (Cohab 1). Uma gleba que já é de propriedade do município que faz divisa com outra comprada ainda em 2013 onde serão erguidas as 232 casas da CDHU, também já vistoriada e com parecer positivo da Caixa, agente financiador de ambos empreendimentos. Anteriormente foram anunciadas 240 casas, no entanto uma mudança no traçado das ruas para favorecer o escoamento de águas de chuva reduziu em oito o número de casas.

 Acompanhados do diretor de Engenharia, José Emygdio de Oliveira Neto, da responsável pelo Controle de Qualidade da Água, Adriana Martins Peres Borba, do chefe de Meio Ambiente, Alaor Borges Pinheiro Neto e o supervisor de filiais da Caixa, Lavito Person , os técnicos estiveram na área, observando topografia, proximidade e acesso ao restante da cidade, equipamentos públicos de saúde e educação, além da planta baixa do empreendimento. O conjunto agradou a comitiva e recebeu o aceno positivo. 

 MAL-ENTENDIDO 

 Quanto matéria veiculada na imprensa local relatando que o prefeito, Sergio de Mello teria reduzido sua meta de construir 1.000 casas para 500, o gabinete informa que foi um mal-entendido. O prefeito teria previsto a conclusão de mais de 500 unidades até meados de 2016, e que nesta época a outra parte já estaria sendo edificada com vistas ao final do seu mandato em dezembro de 2016.

 ANDAMENTO

 O processo de construção de casas populares é burocrático e demanda tempo, especialmente em Guaíra que não tinha áreas disponíveis e a especulação imobiliária joga o preços dos terrenos às alturas. São todos fatores que limitaram a seleção de glebas viáveis para construção de moradias populares.

 O município já tem sim área suficiente para a construção de mil unidades. E mais, ainda na terça-feira, dia 16, o prefeito, Sérgio de Mello fez tratativas no cartório acerca de um empreendimento particular, que pretende construir unidades do Faixa 2, do Minha Casa Minha Vida, em terreno ao lado do destinado para unidades da CDHU. 

 Some-se as 232 da CDHU às 392 do projeto entidades já são 624 moradias que tem terreno garantido e vistoriado pela Caixa Federal.

 As casas do programa Minha Casa Minha Vida serão erguidas em terreno que Prefeitura possuía, e as da CDHU em área adquirida no ano passado da ex-primeira dama, Badia Jabour Junqueira. 

 O problema com a aquisição de terreno para moradias populares, fez com que a gestão de Sérgio tomasse a frente para solucionar um problema de tratamento de esgoto que se arrasta por mais de uma década. As atuais lagoas de esgoto não conseguem tratar todo efluente produzido pela cidade, que cresceu muito nas últimas duas décadas. Uma obra de R$ 6,7 milhões para desativar dois sistemas de esgoto, hoje, ineficientes (Lagoa do Fogão e do Matadouro) está em licitação e o início das obras é uma condicionante para a liberação da construção das casas. Ação que deve suprir Guaíra com esgoto tratado nos próximos 25 anos, com uma estimativa de população projetada para 50 mil habitantes. 

 10 ANOS SEM CASAS 

 A urgência na construção de moradias populares é motivada pelo fato de Guaíra não ter inaugurado nenhum programa habitacional de vulto desde 2003 (José Pugliesi). As últimas casas populares, apenas 32, foram construídas por Sérgio de Mello no seu primeiro mandato e entregues por seu sucessor. 

 Aliada a falta de empreendimentos populares, Guaíra passou nos primeiros 10 anos do milênio, por um processo de especulação imobiliária extremamente perverso, que privilegiou os empreendimentos particulares e o lucro em detrimento da necessidade de habitação do povo.

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