Mello agiu como um governo futurista deixando bem claro quem é que manda

Adeir Alves 

 No primeiro ano desde que Mello assumiu o comando da máquina pública, seu primeiro ato como gestor público vai ficar cravado na história de nosso município, o terreno que há mais de trinta anos era utilizado pela APAE, na verdade o terreno é uma área de aproximadamente 19 mil metros quadrados que Mello, sem meias palavras passou definitivamente para APAE depois de muita luta, como nunca antes na história de nossa Guaíra. Após passar a área para APAE, Mello, mais tarde acenderia um certo ódio na oposição e na imprensa, Mello que não é nada bobo sabia que enfrentaria uma oposição raivosa e uma imprensa desmamada que iria atacá-lo a todo tempo.


No decorrer da gestão melista houve uma grande preocupação com a construção das 1000 casas e, no entanto, garimpar verbas para retirar as lagoas de estabilização (Lagoa do Fogão e Lagoa do Cepar) removendo-as para a Lagoa da Santa Quitéria. Mello viajou muito durante seu primeiro ano deixando a Prefeitura, na maior parte do tempo a deriva. 

Seguindo nosso raciocínio, com inúmeras viagens em busca de recursos, Mello marcou bobeira e a máquina pública ficou a deriva no mar do bom tubarão, casa que o gato não está o rato dominou a casa. A ausência de Mello evidentemente foi germinando em um curto espaço de tempo um poder predatório esmagador emanado pela vaidade política,  que não fazia parte dos planos de Mello. Um poder que excluía os Presidentes de Partidos pertencentes ao grupo e ridicularizava os apoiadores da campanha “Juntos pela Verdade”. 

O outro lado da moeda: 

Mello na época sem saber do poder autoritário germinado pela sua ausência no Paço, se vangloriava de suas viagens frutíferas que lhe renderam 240 casas do Deputado Estadual Roberto Engler (PSDB) e aproximadamente 7 Milhões que já está cravado nos cofres público (recursos oriundos da Funasa), para retirada das lagoas de estabilização, Mello não conseguia esconder sua alegria, mas como tudo não é só alegria, o poder germinado pela ausência do gestor erguia uma gestão em conflitos, Mello não conseguia enxergar o descontentamento dos Presidentes de Partidos e a tristeza dos membros do grupo que eram minados pela força perversa oriunda da vaidade política. 

O bicho pegou: 

2013 lhe renderam grandes conquistas para Guaíra fruto dos esforços das inúmeras viagens de Mello. 2014 Mello parece desconfiar que algo não soava bem no grupo, mesmo assim Mello continuou suas viagens potencializando sua força política. No segundo semestre do mesmo ano, Mello tomou o comando da máquina pública, o bicho pegou, resultado foi uma troca, troca de Secretários. Mello agiu como um governo futurista deixando bem claro quem é que manda, Mello não temeu cara feia e sepultou qualquer embrião que viesse a se transformar em um ditador no grupo, fato que culminou com a união de Mello e os Presidentes de Partidos. 

Com a presença diária de Mello no comando da gestão e o fácil acesso a Mello, os Presidentes de Partidos que viam sendo atingidos pelas forças perversas, não esconderam sua alegria, entretanto, Mello assumiu a bronca pela união do grupo quando oxigenou seu próprio sangue em nome de um governo de coalizão, convenhamos que a coragem de Mello parece ter enterrado bem fundo a ramificação da vaidade política que, até então queria gestar um governo de puro sangue. Mello tem que tomar muito cuidado e se precaver quanto ao ter migrado a força oculta para outro setor público.

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