O poder do Barão do rádio em Guaíra - SP

Adeir Alves 

 As estações de rádio que compõem o território brasileiro é nada mais que concessões públicas outorgadas pelo Governo Federal. A concessão de uma emissora de rádio, seja ela educativa, comunitária ou comercial, tem um tempo de vencimento em suas concessões, sendo estendidas há 10 anos e, após o vencimento suas concessões poderão ser concedidas novamente, isto é: com a contrapartida de respeitar os critérios de levar ao ar uma programação de qualidade, voltada para um conteúdo educativo, cultural e informativo, como manda a Constituição Federal e as leis da comunicação. 


Nosso município só tem notícia ruim é só coisa ruim, nesse caso a imprensa que diz isso, não é estranho leitores? Pior ainda para quem quer visitar nossa cidade e ouve através dos microfones os caninos radialistas sem cunho profissional, que mais parecem uns petardos, que após serem desmamados, praticam o jornalismo de guerrilha. 

As pessoas de outras cidades que acompanham o desenvolvimento de nosso município ouvindo às notícias vinculadas através do rádio, realmente tem na verdade uma péssima imagem de nossa cidade, para esse modelo de jornalismo aqui não tem infraestrutura, saúde, educação, esporte e muito menos lazer. O mais engraçado de tudo isso, o Barão se acha dono do rádio que é uma concessão pública, opa espera aí.... É isso mesmo, o rádio é uma concessão pública concedida pelo Governo Federal a iniciativa privada. 

Guaíra é o fim do mundo, essa é a imagem que o jornalismo mau-caráter propaga. Esse fenômeno envolvendo a falta de ética e a falta de amor pela nossa comunidade por parte dos órgãos de imprensa, sinceramente nos conduz ao raciocínio lógico que é nosso silêncio que vem fecundando esse jornalismo de interesses. 

O comércio também acaba por ser atingido por todo esse flagelo impetrado pelos meios de comunicação, sem contar que o gestor público deixa de investir na cidade e acaba por gastar muito dinheiro público para esclarecer as mentiras proferidas pela irresponsabilidade do Barão. 

A título de esclarecimento, no entanto a nossa lei maior, a Constituição Brasileira no artigo 221 deixa bem clara quais os deveres desse concessionário de serviço público, sendo que uma concessão não tem livre exercício. O artigo 221 ainda aponta para as finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; a promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação, como também a regionalização da produção cultural, artística e jornalística e o respeito aos valores éticos e morais da pessoa e da família, infelizmente por questões financeiras esses valores têm sido tolhidos de nossa comunidade. 

Convenhamos que o serviço de comunicação em nosso município (rádio) esqueceu qual é o seu papel quanta a concessão pública e agente fomentador de programas que preconizam a cidadania, mas de dois anos pra cá o que ouvimos é uma legitimação do autoritarismo germinado nas informações manipuladas que implica a razão do lucro. O discurso do poder esbravejado pelo Barão do rádio, sobretudo em Guaíra, exalam o discurso calcado no poder absoluto, concomitante com a particularidade de um único grupo político, dito isso, o discurso que deveria ser universal e ideológico moldados nos valores da sociedade guairense, infelizmente é trocado pelos contratos com o poder público, claro que isso acontece quando são desmamados. 

O novo formato exaltado pelo jornalismo sem ética precisa ser aprofundado e discutido pela sociedade Guairense, quem sabe um diálogo acerca do assunto? Chega! Basta! Nossa sociedade não aguenta mais ser refém de uma concessão pública, não podemos mais ficar de mãos atadas assistindo os valores de nossa comunidade sendo destruído por conta dos interesses financeiros do Barão do rádio, que se acha estar acima dos interesses públicos.

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