Adeir Alves
A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) que estava localizada em nosso município na Rua 42 no Bairro Miguel Fabiano, infelizmente há tempos ela foi desativada e, desde então, não tem tido há muito tempo utilidade para as gestões públicas até o momento.
Como é um prédio público e que há anos está abandonado sendo destruído pela ação do tempo e corrido pela ociosidade, bem que poderia ter um aproveitamento melhor, sendo utilizado para abrigar o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, o CMCN.
Existe uma demanda há vários anos, acentuada por parte do CMCN quanto a um local próprio para as realizações de suas reuniões mensalmente e, concomitante suas atividades. Claro que esse sonho não depende só do referido Conselho e sim do gestor público.
No interior do prédio tem várias salas que atenderiam as necessidades do Conselho em fundamentar um mecanismo de suporte entre o CMCN e as ações do governo, para fecundar políticas públicas em consonância ao desenvolvimento cultural e social da classe negra.
Outro fator importantíssimo para potencialização das políticas públicas sendo direcionadas ao povo negro de nosso município é o grande número de salas que compõem o referido prédio, que atenderia outra demanda que diz respeito à rede municipal de ensino e a capacitação de professores para ministrar uma possível continuação da implantação da Lei Federal Nº 10.629/2003, que predomina o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressaltando a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. A título de lembrança, a Lei Nº 10.629/2003 em nossa cidade foi implantada na rede de ensino municipal no governo de Zé Carlos em meados do segundo semestre de 2012.
Programas de incentivo aos jovens negros, cursos profissionalizantes, entre outras políticas oriundas das ações governamentais poderiam ser desenvolvidas nas dependências desse espaço público; também poderia ser desenvolvidas ações com os setores de segurança pública capacitando-os (as) no sentido de sepultar a truculência enraizada na forma que a polícia aborda os jovens negros nas regiões periféricas.
Políticas públicas para as mulheres negras preconizando o conhecimento sobre saúde, violência, entre outras questões pertinentes, ainda um espaço para formalizar um aparelho jurídico em defesa das mesmas.
Convenhamos, antes que as raivosas caixinhas de poder que habitam no atual governo, usando de seu poder absoluto, ferozmente venham criticar esse texto, só esclarecendo que é uma ideia, o governo municipal abraça esta ideia se ele quiser?
Comentários