Um Povo contador de estórias

Foto: Malu Teixeira
Por Adeir Alves: 


Nosso município vem atravessando momentos tristes, como nunca antes na história das gestões públicas, o abandono dos Bairros sobre a escassez das ações governamentais é uma situação que exige o olhar crítico de nossa Câmara de Vereadores; políticas públicas simples de resolver como fecundar as ofertas de esporte, cultura, lazer e programas sociais nos territórios da cidade – oferecer aos mais pobres o que é de direito! 

 A escassez de todas essas atividades citadas acima têm nutrido os efeitos perversos da ociosidade sinalizado pelo vandalismo e a notoriedade da destruição de praças e quadras esportivas, certo disto, basta caminhar pelo Bairro Abdala Elias (Mutirão IV), para ver o cenário dantesco que se encontra o que deveria ser um espaço para unir a comunidade. Contudo, sem a devida cobertura o sol toma conta e corroem as telas e os corrimões da quadra, a ferrugem é o maior sinal de abandono, a trave do gol não existe mais, sem banheiros, bebedouro de água tudo fica impossível de ter acesso à prática esportiva, cultural e lazer, na verdade é um fenômeno desnecessário, deselegante que causa indignação aos moradores da região. Triste mesmo é ver o silêncio das instituições diante de uma comunidade pagadora de impostos esquecida pelas forças políticas de nosso município!


 Foi bem ali pertinho dessa mesma quadra, no cruzamento da Rua 40 com a Avenida 17, entre os Bairros Cecap e Abdala Elias, que aconteceu o grande comício em 2016, liderado pelo até então candidato a prefeito Zé Eduardo (PSDB) e seu juntado, na época no palanque dos sonhos tudo era, até então, realidade - o grupo de Zé Eduardo gotejava, a todo tempo, palavras de esperança... O Povo sonhou junto no que parecia um momento libertador. Há época os discursos profícuos ensejavam uma Guaíra para todos e de todos, ver como caminha as políticas governamentais no referido Bairro, é desanimador! 

 Situação comovente: O Núcleo de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, sempre foi moldado pelas políticas públicas que atendem os preceitos da Lei Orgânica, cuja prerrogativa é atender as necessidades dos moradores da região sobre as ofertas de atividades como dança, capoeira, músicas, percussão e serviços de convivência, entre outras atividades de relevância para a socialização da comunidade, infelizmente é triste vê-lo de portas fechadas, um espaço público totalmente ocioso abduzido pela falta de políticas públicas! 

 Os anseios dos mais pobres: O Núcleo de portas fechadas sem as devidas atividades é clara a evidência da fragilidade da administração pública. Com a ponte das ações provenientes do governo municipal rompida, é impossível atravessá-la em direção à luz da realidade, no entanto a inversão de valores sepulta as oportunidades dos jovens, que na sua grande maioria são pobres e negros de baixa renda. É óbvio que sem a presença do Poder Público nesta região, acende-se a fogueira das vulnerabilidades sociais. 

 A questão da falta de remédios, as dificuldades que têm implicado a pasta da saúde pública, os buracos no asfalto, a deficiência da iluminação pública e a limpeza, os programas habitacionais, o descontentamento da classe de servidores público precisam ser pautas a serem discutidas veementes pela Casa de Leis.

 Se nada for feito para resolver os problemas dos Bairros, o povo poderá sair às ruas de mãos dadas (a participação cidadã e o enfrentamento) para contar suas estórias, cada um contando do seu jeito simples, relatando os inúmeros problemas de sua região, até que o prefeito possa ouvi-las e atendê-las.

 “Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada” Otto Von Bismarck 

“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles” Ruy Barbosa

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