Zé Carlos o postulante

Adeir Alves:

 O governo de Zé Eduardo, com dois anos e quase quatro meses, ainda não conseguiu encantar e mostrar o porquê veio. Toda aquela efervescência transbordada no período eleitoral de 2016 e que lhe rendeu a robusta votação de 13.640 mil votos à Coligação liderado pelo atual prefeito hoje, porém, há uma desconfiança na sociedade, que, entretanto, tem acentuado a baixa popularidade do governo municipal. 

 Obviamente que a ausência do poder público nos Bairros e nos setores públicos somados a um aumento de 10% no plano de saúde do funcionalismo público e um irrisório  4% nos seus devidos salários; a cidade cheia de buracos; o crescente aumento de números de casos de Dengue; o fechamento do Núcleo de Convivência da Criança e Adolescentes no Bairro Mutirão I e II; a não existência de políticas habitacionais; a escassez de políticas nas reformas e manutenção nas quadras dos Bairros; a falta de incentivos às políticas de geração de empregos; a manutenção e modelação no trânsito na entrada e saída das creches e escolas municipais, são políticas que podem estar turbinando a baixa popularidade de Zé Eduardo.


 Com bom atendimento e prestativo nos seus serviços, José Carlos Augusto (DEM) tem-se saído muito bem, mesmo sob a turbulência de um governo que perdeu a confiança do Povo, o responsável pelos serviços de obras conseguiu cativar seus eleitorados sob o manto da política do bom samaritano, não sou dono da caneta. 

Zé Carlos sabe que ele é a força que pode minar o sonho do juntado da esquerda, e derrotar os planos de uma possível participação de outros partidos políticos novos no cenário, os cavalos de troias, sob o discurso que a cara e a corou vai acabar com a moeda, desta vez, caindo em pé, esse discurso já deu certo em outras eleições, quando a Coligação de Claudio Armani, há época venceu as eleições de 1996. 

 Sobre a profícua aprovação popular e tendo o termômetro político subindo a seu favor, o líder do DEM sabe que sua hora chegou e seu nome no grupo, entre seus aliados, é unânime para vencer as eleições de 2020, por isso é o momento de pensar e agir convencendo e arrebanhado apoiados do próprio grupo, sobretudo minar as expectativas fatídicas do fogo amigo. 

 Mas, no entanto, nem tudo é um mar de rosas no jogo político, o sucessor de Zé Eduardo quer ir pelo caminho  da escuridão, sem ouvir o anseio do grupo, a todo custo, mesmo sabendo que sua candidatura não alavancaria e, se esta vontade inepta vir a ser concretizado, é dar de mãos beijada a prefeitura à oposição. Aceitar sem imposição (ouvir a voz do Povo) morre abraçado com Zé Eduardo e o vice-prefeito, não deve fazer parte dos planos do ex-prefeito. 

 Ao ser pressionado a desistir de entrar para história com o único prefeito a vencer três eleições, ou Zé Carlos recua, ou ele será fritado sob a estratégia dantesca de seu trabalho e sua imagem serem tolhidas e proibidas de veicular nos órgãos de imprensa vendidos, ou seja, enquanto Zé Carlos mantém o silêncio assistindo o espetáculo orquestrado, nos bastidores, ele poderá articular sua saída do grupo evitando um clima de beligerância. 

 A estratégia de Zé Carlos: Ao anunciar sua saída do cargo, para assumir uma brilhante posição junto ao governo do Estado ao lado do Vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), seu braço direito, com isso, Zé Carlos traria inúmeras verbas para Guaíra e, entre todas estas, a que consolidaria sua vitória nas urnas, a verba para construção de casas populares. 

 A lua transita solidária pelo céu, refletindo-se nas águas serenas do Lago Maracá clareando os porões do Paço Municipal e iluminando o sepultamento político; a permanência de Zé Carlos no grupo é ver seu nome sendo escrito epitáfio. 

 “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” Geraldo Vandré 

Foto: g1.globo.com

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