O bom Jornalismo e a morte da ética

imagem ilustrativa, retirada da internet
Adeir Alves: 

 A falta de comprometimento com o desenvolvimento da cidade e a ganância pelo dinheiro público, tem fecundado estado dantesco no universo que abriga o bom jornalismo ético e compromissado com veracidade dos fatos. “A ética, portanto, nada mais do que um conjunto de princípios e valores a ser seguido”! 

 A tática pífia de muitos órgãos de imprensa, isso não é novidade nesse meio, tem enterrado na estirpe o conceito ético do bom jornalismo; convenhamos, no entanto, que o dinheiro público abocanhado para manipular, tendenciar informações e omitir verdades provenientes da inoperância de ações de governo faz-se da imprensa um verdadeiro cavalo de Tróia, que traz em seu bojo venenoso uma trincheira obscura contra o código de ética do profícuo jornalismo. Esse tipo omisso de fabricar jornalismo, portanto, não nos representa!


 O problema da falta de ética no jornalismo desagua sempre nos interesses escusos das hegemônicas famílias. Com a cegueira da imprensa, pôr-se claramente a reflexão crítica a este momento oportuno mediante as evidências à omissão nos números crescentes de mortes pelo Covid-19, e o assustador quadro de contaminados aumentando dia após dia, que não é de forma alguma, manifestado por alguns veículos tradicionais de imprensa sobre o que está sendo feito pelo poder executivo, para frear a pandemia em nossa cidade e, isso, é muito sério, até porque estamos lindando com perdas de vidas de pessoas; ledo engano de quem pensa que a imprensa serve nossa comunidade! 

 Mas nem tudo é horror nesse cenário jornalístico impetrado por pessoas mercenárias e sem escrúpulos, as redes sociais trouxe uma luz, para refletirmos sobre o número infame de notícias tendenciosa orquestrada pelas famílias donas e donos dos jornalões e da rádio fuleira, a fim de proteger seu patrão e se obter ganhos financeiros e políticos. 

 A imprensa, em nossa cidade, sempre usou a máscara da falsidade para proteger quem está no poder, e o custo: Obras inacabadas, a falta de água nos bairros, para piorar, os serviços públicos fragilizados evidenciam à semântica da omissão e seus efeitos na vida de quem mais precisa, os mais pobres! 

 O mundo romano herdou partes dos princípios do teatro Grego. No teatro Grego da antiguidade clássica, de 2.500 anos atrás, havia uma situação muito interessante: Toda vez que uma peça seria representada, os atores eram sempre os homens, não havia espaço para as mulheres. Para que um ator pudesse fazer vários papéis, inclusive o feminino, eles construíam uma máscara de argila que segurava na frente do rosto com uma varetinha. Que nomes os latinos deram a essa mascara dos Gregos? Persona. Daí vieram personagem ou personalidade, segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, em seu livro “Qual é a sua Obra”. Aliás, a imprensa tem usado várias dessas máscaras em nossa Guaíra! 

 Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de ilustre, de insigne, de formidável, qualquer borra-botas. “Nelson Rodrigues” 

 A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica. E deixar cicatrizes no cérebro. “Noam Chomsky” 

 A função da imprensa na sociedade é informar, mas seu papel na sociedade é ganhar dinheiro. “Abbott Joseph Liebling”


Comentários