O aprendizado da Oposição após a derrota

 Foto: Dantes Alighieri  (1265-1321) 

Adeir Alves: 

 Quando as diferenças nos distanciam e as opiniões contrárias às quais discordamos nos envaidecem, o que sobra é o excesso de convencimento na direção do lúgubre epitáfio, à morte da história! 

 “Na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos”. Santo Agostinho 

 Com a derrota nas urnas nas eleições municipais deste ano, a oposição aprendeu (eu acredito) que, em uma disputa de eleição, as diferenças e o excesso de vaidade política é o nutriente que o outro lado precisa para alimentar e conquistar a turba ignara. 

 Durante o pleito eleitoral, as coligações contrárias à situação, em muitas cidades, sofreram com os ataques pusilânimes, como nunca antes. O envolvimento dos falsos arautos da moralidade, os (as) donos (as) dos órgãos de imprensa vendidos tiveram, sobretudo, relevância em muitas reeleições e vitórias de prefeitos, ou melhor, a contração de jornais semanais, cujo conteúdo profanador, em todas as suas páginas, a todo  momento, em nome do mais alto teor sórdido, atacou os candidatos representantes dos mais pobres e da classe trabalhadora. 

“Jesus Cristo foi incrível, quando morria na cruz teve a mais pela e  sublime fala: Pai, perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem”! 

 O julgamento leviano destrói os valores de nossa política e, concomitante, gera indecisões entre o eleitorado. 

 Para vencer as eleições, o abuso econômico de poder foi, na verdade a arma mais poderosa e carregada de desonestidade intelectual, é claro, mirando e executando quem pesou diferente – foi fácil - no entanto - como o apoio da imprensa mercenária, sepultar o pensamento crítico de quem aspirava à mudança!

 É bem provável, que a imprensa operando à margem de quem está à sombra do poder econômico, como o passar do tempo, hastearemos a bandeira de uma classe política caracterizada para as negociações e não pelo interesse público. 

 Sobre essa forma de construir a política maculando causas desonrosas, manchando reputação alheia sob a égide dos veículos de imprensa (é evidente), a política não é mais uma luta coletiva pelos interesses sociais de toda uma sociedade carente de uma imprensa livre, e sim, uma tarefa árdua contra os órgãos de imprensa sem ética e seu patrão.

 Legitimar o poder financeiro a causas desonrosas, é como se, recepcionados pelo fanático Jornal A hora de profanar, assistíssemos, no Teatro moribundo, o clássico épico: “A Divina Comédia” do poeta Dantes Aligherei e,ainda, aplaudíssemos no auge de nossos interesses individuais!

 “Toda guerra política, racial, religiosa ou militar tem início na ganância e vaidade do homem.” Valéria Almeida 

 “A vaidade é sempre maior que o reconhecimento da virtude e da sabedoria. Seus malefícios acabam por danificar os meios e destruir os fins.” Valéria Almeida 

 “A política é um erro de vaidade daqueles que nascem para cocheiros”. Fernando Pessoa

A imagem (Foto) é retirada da internet

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