TJ-DF dá prazo de 24 horas para desocupação da Câmara

Os manifestantes permanecem na Câmara Legislativa do Distrito Federal desde a última quarta-feira

Direto de Brasília
A juíza Junia de Souza Antunes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, determinou na noite desta segunda-feira um prazo de 24 horas para que a Secretaria de Segurança Pública cumpra a reintegração de posse do Plenário da Câmara Legislativa de Brasília.
O Plenário da Casa é ocupado desde a última quarta-feira por manifestantes que defendem o impeachment do governador José Roberto Arruda (DEM) acusado de operar um esquema de pagamento de propina para deputados distritais da base aliada.
Em sua decisão, a juíza determina que se a desocupação não for cumprida num prazo de 24 horas, um superintendente da Polícia Federal deve de executá-la no mesmo prazo.

Entenda o caso
O mensalão do governo do Distrito Federal, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

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