ÚLTIMAS NOTÍCIAS INTERNACIONAIS

Mãe gera polêmica ao contar no Twitter o afogamento do filho
Uma americana que postou comentários no site Twitter enquanto paramédicos tentavam salvar seu filho de 2 anos de um afogamento e logo após ele ter morrido está sendo condenada por usuários da internet nos Estados Unidos.
Shellie Ross, que trabalha em uma empresa de internet, escreve um blog pessoal e conta com cerca de 5 mil seguidores no Twitter, encontrou o filho de 2 anos boiando de barriga para baixo na piscina de sua casa, na Flórida, na última segunda-feira.
Seu outro filho, de 11 anos, chamou os serviços de resgate imediatamente. Cerca de 30 minutos depois de os paramédicos chegarem, e enquanto ainda tentavam reanimar o garoto, Ross escreveu no Twitter: "Por favor rezem como nunca, meu filho de 2 anos caiu na piscina".
Cinco horas depois, quando médicos anunciaram a morte do menino, ela foi ao site e escreveu: "Me lembrando do meu menino de ouro". Em seguida, colocou no ar uma foto do filho.

Críticos elogiam Lula e falam em "decepção" sobre Obama
resultados das falas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama foram diametralmente opostos nos corredores do Bella Center, onde acontece o evento. Enquanto Lula entusiasmou os poucos otimistas que ainda restam no centro de conferências, Obama foi alvo de críticas e decepcionou os que esperavam que ele pudesse mudar o rumo das negociações na reta final.
As diferenças já puderam ser vistas durante os pronunciamentos: Lula teve quatro vezes o discurso interrompido por aplausos, enquanto Obama nenhuma vez - apesar de as palavras do americano serem as mais aguardado de todo o evento. Ao final dos discursos, mais uma vez as palmas enfáticas para o brasileiro se distanciaram dos aplausos meramente protocolares dispensados ao americano.
"O Lula mandou muito bem e abriu a porta para quem sabe as negociações tomarem outro rumo", disse Paulo Adário, um dos coordenadores do Greenpeace Brasil. Adário elogiou a postura de vanguarda que o Brasil assumiu, ao oferecer contribuição financeira para o Fundo Global de Mudanças Climáticas para os países pobres. "A gente sabe que o Brasil não é mais nenhum Haiti e vínhamos cobrando isso há anos do presidente. Ele fez o que a gente esperava dele."
O coordenador da ONG Vitae Civilis, Rubens Harry Born, destacou que a fala improvisada de Lula fez toda a diferença. "Ele foi ele mesmo, falou com o coração e passou uma mensagem muito legal de comprometimento. Acho que essa postura pode ter efeitos nas negociações", afirmou Born.
O francês Fabrice Bourger, membro da delegação do seu país, achou que o país deu um exemplo "sem precedentes" e que o discurso de Lula o aproxima ainda mais dos europeus. "Foi constrangedor para os outros países. Mas, sinceramente, nós não esperávamos outra coisa de Lula", afirmou Bourger. "Ele se destaca de todos os outros líderes com essa posição aberta ao diálogo, sem perder a firmeza e a determinação."

Obama: "mico da história"
Já as palavras em relação a Obama foram bem diferentes. "Arrogante", "estúpido", "burocrático" e autor de um "mico histórico" são apenas algumas das definições empregadas nos corredores da COP-15.
"Uma parte, foi de palavras da boca para a fora (como a frase de que "não se pode mais perder tempo" para salvar planeta). E a outra, um verdadeiro absurdo. Foi um mico histórico", disse Born. Para o coordenador da Vitae Civilis, Obama só reforçou o discurso intransigente que os Estados Unidos vinham defendendo na Cúpula do Clima e não trouxe nenhuma novidade. E ainda usou como desculpa para a falta de ação um argumento que todos os países democráticos poderiam utilizar, se quisessem: o de que não pode fazer nada sem a aprovação prévia do Congresso de seu país.
Adário, do Greenpeace, foi ainda mais duro. "A postura do Obama naquele púlpito foi socialmente arrogante e politicamente estúpida. Não está nem perto de assumir a posição de liderança que as pessoas esperavam dele", afirmou, destacando que as três condições impostas pelo americano para que assine um acordo - transparência, verificação das ações e metas de redução baixas - devem manter as negociações travadas.
Também a ausência de especificações sobre quanto os Estados Unidos estarão dispostos a contribuir para fundo internacional de financiamento decepcionaram. Obama garantiu apenas que o país vai entrar com recursos, mas não detalhou nem quanto, nem quando. Bourger, negociador francês, preferiu não se estender nos comentários, mas não escondeu a decepção. "Acho que os esforços da Europa não foram suficientes para mudar nem um milímetro da posição americana."
Também o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou o presidente americano e disse que o seu discurso "foi uma desgraça". "O Obama foi muito frustrante. Parecia até que o Lula tinha mais responsabilidades do que ele no plano climático mundial, de tanto que o Obama falou mal".

COP-15
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 7 a 18 de dezembro, que abrange 192 países, vai se reunir em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo é traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto.

Brasileira é presa por golpe de R$ 153 bilhões em Portugal
Uma brasileira está em prisão preventiva em Portugal acusada de montar um esquema de garantias bancárias falsas cujo valor apurado até agora ultrapassou 60 bilhões de euros (cerca de R$ 153 bilhões) - um recorde entre as falsificações em Portugal.
Segundo a acusação, a paulista M.R.P. (o nome dela está guardado sob segredo de Justiça), 37 anos, teria falsificado cartas de crédito da agência de Lisboa do Banco do Brasil para operações de importação e exportação.
A coordenadora da Unidade de Combate à Corrupção de Polícia Judiciária, Manuela Marta, relata que o caso partiu de uma denúncia do Banco do Brasil. "As investigações começaram a partir de elementos que nos chegaram a partir da própria entidade bancária. Eram documentos muito semelhantes aos originais", disse.
As garantias bancárias teriam sido vendidas para empresas de importação e exportação que utilizavam esses documentos para diminuir a taxa de juros na obtenção de empréstimos. A cada garantia bancária falsa, os falsificadores receberiam em contrapartida um valor entre 25 mil e 60 mil euros.
A investigação abrange ainda as empresas compradoras dos documentos, que também incorreriam em crime. Os lesados seriam bancos e agências de financiamento de operações de importação e exportação.
Diz que "a detida é uma estrangeira que se encontra em Portugal há cerca de dois anos" e que teria se dedicado durante todo este período a esse tipo de crime. Além dela, houve mais um detido, de nacionalidade portuguesa.

Denúncia
José Carlos Neves, administrador do Banco do Brasil em Lisboa, conta como foi feita a denúncia. "Foi meu antecessor aqui em Lisboa. Começaram a chegar pedidos de confirmação de garantias bancárias em valores absurdos com documentações completamente infundadas", disse. "Nós negamos a autenticidade e comunicamos às autoridades portuguesas, na medida em que constituíam uma fraude", afirma Neves.
As consultas sobre a autenticidade dos documentos foram feitas por empresas de comércio internacional por meio de e-mail ou fax. Os valores de cada garantia iam de 500 milhões de euros até 10 bilhões de euros.
Em 26 de maio, os dois foram detidos e apresentados a um juiz. M. ficou em liberdade, com obrigação de se apresentar periodicamente a uma delegacia de polícia da região de residência como é brasileira e haveria perigo de fuga, ela teve de entregar seu passaporte. O outro indiciado ficou em prisão domiciliar, com uma pulseira eletrônica de localização. No entanto, teriam mantido o esquema e foram novamente detidos, sendo que ela foi colocada em prisão preventiva no dia 9 de dezembro. Um dia antes de ser detida e colocada em prisão preventiva, M. colocou na internet um anúncio para vender um celular touchscreen sofisticado, cujo preço normal é de 340 euros, por 230 euros.

Britânico mata mulher com controle remoto e pega três anos
Um engenheiro elétrico britânico foi sentenciado a três anos de prisão por ter jogado um controle remoto na cabeça da mulher, o que acabou causando sua morte. O aparelho atingiu a região de uma artéria enfraquecida e causou uma hemorragia cerebral, segundo informações do jornal The Guardian.
Paul Harvey, 46 anos, matou Gloria Laguna, 48 anos, acidentalmente, segundo sua própria confissão. O casal de Euston, região central de Londres, estava discutindo quando o marido lançou o controle remoto na mulher. Ele ainda tentou prestar os primeiros socorros, mas Gloria acabou falecendo.
Segundo o advogado Jonathan Goldberg, os dois pretendiam ir à igreja, mas acabaram ficando em casa vendo TV. Eles teriam começado a brigar depois de um desentendimento em relação ao seu filho. Gloria argumentava que Harvey estava dando prioridade à pensão de uma filha sua de um casamento anterior.
"Tudo que ele fez foi jogar o controle remoto contra ela", disse Goldberg. "Por uma casualidade, o aparelho acertou uma parte fragilizada dela. Ele amava muito a sua mulher e está muito envergonhado", acrescentou.
O juiz Giles Forrester disse que foi um ato "perigoso e irresponsável" e que Harvey deve arcar com as consequências da morte "trágica" de Gloria, segundo o Guardian.

Acusado pelo atentado de Mumbai volta atrás na confissão
O único acusado capturado vivo durante o ataque terrorista de Mumbai há um ano voltou atrás nesta sexta-feira em sua confissão prévia e sustentou que nunca em sua vida viu um fuzil AK-47. "Nego totalmente a confissão realizada diante do magistrado. Fui espancado pela Polícia", disse ao juiz paquistanês Mohammed Ajmal Amir, conhecido como Kasab, em declarações citadas pela agência indiana PTI.
Kasab foi o único suposto terrorista capturado com vida durante o atentado em Mumbai executado por um comando formado por dez membros do grupo separatista caxemiriano com base no Paquistão Lashkar-e-Toiba (LeT). Após declarar-se inocente em abril, logo após iniciar o julgamento, o acusado admitiu em 20 de julho sua culpa e pediu para ser "enforcado", mas hoje afirmou que sua detenção faz parte de uma farsa montada pela Polícia.
"Não estava presente na estação de trens de (Mumbai Chatrapati Shivaji Terminus CST), e não abri fogo dentro da estação. Nunca em minha vida vi uma AK-47", disse segundo a agência indiana Ians o acusado, que rejeitou todas as acusações contra si.
O ataque terrorista de Mumbai causou a morte de 166 pessoas e ocorreu entre os dias 26 e 29 de novembro de 2008. Kasab afirmou ainda que foi detido na noite de 25 de novembro quando seguia para um cinema assistir um filme.

Piratas libertam navio grego sequestrado há mais de um mês
Piratas somalis libertaram nesta sexta um navio grego e seus 22 tripulantes, mantidos reféns por mais de um mês, informou o governo das Filipinas, de onde são 14 das pessoas que estavam a bordo da embarcação.
Em nota emitida de Manila, o Ministério de Assuntos Exteriores filipino disse que sua embaixada no Quênia avisou que, no momento, o navio "MV Delvina" segue para o porto queniano de Mombaça com todos os membros de sua tripulação.
Segundo a fonte, a embarcação foi ocupada por um grupo de piratas armados em 5 de novembro, na altura das Ilhas Comores, quando se dirigia para Mombaça.
Os dados em mãos do governo indicam que 53 filipinos estão sequestrados por piratas somalis e que mais de 340 foram libertados desde 2006.

"Achei que iria morrer", diz brasileiro resgatado na costa do LíbanoAcidente ocorreu na costa norte libanesa
O brasileiro Vitor Pinheiro Mello foi resgatado nesta sexta-feira de um navio de bandeira panamenha naufragado durante uma tempestade em frente à costa do Líbano.
De acordo com informações da BBC Brasil, Mello estava entre os seis passageiros a bordo do navio de carga, que transportava cerca de 30 mil animais vivos. Ele está sendo tratado no hospital na cidade de Trípoli.
"Eu senti muito frio, medo e achei que iria morrer ainda mais porque estava sozinho no mar", disse ele por telefone à BBC Brasil.
O navio "Danny F II", que viajava do Uruguai para o porto sírio de Tartous, levava 83 pessoas, entre tripulantes e passageiros, além da carga de 30 mil vacas e carneiros.
Antes de afundar, o navio enviou uma mensagem de perigo. Pelo menos 31 sobreviventes do naufrágio foram resgatados, além de dois corpos, mas o mau tempo e o vento forte estão dificultando os esforços e poderiam dificultar a sobrevivência na água.
Mello, que é de Pelotas, no Rio Grande do Sul, contou que o navio "começou a perder a estabilidade" depois de uma manobra ordenada pelo capitão do navio, de inclinar levemente a embarcação para que as águas levassem a sujeira nos deques, o que seria um procedimento normal.
Mello contou que foram cerca de 30 minutos entre o sinal para abandonar o navio e o momento em que conseguiram deixar o navio.
"Eu conseguia escutar gritos ao longe de outros colegas, mas estava sozinho no mar. Havia muito vento, mar agitado e chuva", explicou ele.
"Eu senti muito frio, medo e achei que iria morrer ainda mais porque estava sozinho no mar".

Resgate
O brasileiro contou que ficou por cerca de duas horas no mar até que os primeiros navios de resgate chegassem.
Naquele momento ele conseguiu localizar os quatro uruguaios que também conseguiram escapar.
Segundo o Cônsul-Geral do Brasil em Beirute, Michael Gepp, o brasileiro passa bem e está recebendo a assistência necessária, como também o apoio do recém criado Conselho de Cidadãos Brasileiros no Líbano.
"Foi um pesadelo o que aconteceu, mas agora já me sinto bem mais calmo. Só quero voltar para casa", disse o brasileiro.
Pelo menos 31 sobreviventes do naufrágio foram resgatados, além de dois corpos, mas o mau tempo e o vento forte estão dificultando os esforços e poderiam dificultar a sobrevivência na água.
Navios da marinha libanesa e da força de manutenção de paz da ONU para o Líbano estão ajudando nas buscas.

Agressor de Berlusconi tentou 2 reuniões com premiê, diz imprensaO premiê italiano Silvio Berlusconi, com curativo no nariz, acena ao deixar hospital em Milão
O italiano Massimo Tartaglia, que agrediu o primeiro-ministro Silvio Berlusconi no último domingo, em Milão, tentou se reunir duas vezes com o chefe do Executivo em novembro passado.
Tartaglia tentou fazer com que o premiê o recebesse nos escritórios do Milan, clube do qual Berlusconi é proprietário, informa hoje o jornal "Corriere della Sera", que cita como origem da informação o testemunho de uma dirigente da equipe à Polícia antiterrorista.

Neste depoimento, a mulher disse que, ao ver fotos e vídeos na imprensa do homem que agrediu Berlusconi, reconheceu-o como o mesmo que esteve duas vezes nos escritórios do clube dizendo que tinha uma reunião com o chefe do Governo.
Segundo a testemunha, quando perguntado sobre o motivo do encontro com Berlusconi, Tartaglia, que tem 42 anos e há dez faz tratamento psiquiátrico, disse que o premiê havia prometido resolver seus problemas com um cartão de crédito.
No último domingo, Berlusconi teve o nariz e dois dentes quebrados ao ser agredido apos um comício na Praça do Duomo. Aparentemente, Tartaglia atingiu o rosto do chefe do Executivo com uma miniatura da catedral da cidade, muita vendida para turistas como lembrança de viagem.

Obama defende acordo climático urgente, mesmo que imperfeito
Em um dos momentos mais esperados na cúpula climática de Copenhague, o presidente americano, Barack Obama, discursou logo depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, diferentemente do que havia anunciado a Casa Branca disse que o mundo "precisa de acordo sobre clima, ainda que imperfeito".
"O tempo de se discutir acabou, agora é preciso abraçar o acordo", sinalizou o líder ao lembrar dos perigos que envolvem as mudanças climáticas. "Estamos convencidos que esse perigo é real. Isso é ciência", frisou.
Obama fez mea-culpa e reforçou que "enquanto maior economia do mundo e e segunda maior poluidora, a América assume a responsabilidade para mudar a realidade de emissões de gases".
"A América vai continuar neste curso de ação", prometeu antes de relembrar o compromisso em diminuir em 17% as taxas de emissões ate 2020, atrelado à divulgação dessas informações ao longo do curso.
Em resposta ao presidente Lula, que antes de Obama criticou a interferência dos países ricos nas nações em desenvolvimento, Obama disse que os EUA não vão se "intrometer em outros países, mas podem".
"Estamos vivendo um compromisso mútuo entre os países. Para que possamos mudar essa página e conseguirmos um acordo internacional e dividir essas informações", frisou depois de lembrar que o combate à mudança climatica é essencial não apenas para a economia, como, inclusive, para a "segurança interna".

Fundo
No fim de sua fala, Obama lembrou o comprimisso anunciado pela secretária de Estado, Hillary Clinton, referente à mobilização de US$ 100 bilhões anuais até 2020. Uma promessa que, segundo o líder americano, envolve "transparência, financiamento" em que "todos devem participar".
"Todos nós vamos ser mais fortes e seguros se agirmos juntos", alertou.
Em meio a críticas sobre o resultado que a cúpula, que termina nesta sexta-feira, pode alcançar, Obama lembrou que muitos podem considerar o acordo "imperfeito" e disse que "nenhum país vai conseguir tudo o que quer".
Enquanto aqueles em desenvolvimento querem que os ricos paguem mais, os mais avançados acreditam que quem cresce com mais velocidade atualmente deve ser mais cobrado, disse em menção ao discurso de Lula.
"O tempo para se discutir acabou, chegamos ao fundo do poço", enfatizou. "Ou agimos ou escolhemos o atraso e retrocedemos (...)
sabendo que enquanto isso as mudançs climáticas caminharão para uma situação de irreversibilidade".
"Não temos mais tempo. É hora para nações e pessoas de todo o mundo se unirem em torno desse propósito", concluiu.

Em Copenhague, Lula critica falta de acordo e oferece ajuda para fundo climático
Em novo discurso na Conferência do Clima, em Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na manhã desta sexta-feira (18) o comportamento dos países ricos e em desenvolvimento para se chegar a um acordo sobre as mudanças climáticas.
Lula também disse que o Brasil está disposto a oferecer ajuda ao fundo global de US$ 100 bilhões para ajuda aos países pobres.
"Estamos dispostos a participar do financiamento se nos colocarmos de acordo aqui em uma proposta final, mas não estamos de acordo que as figuras mais importantes do planeta Terra assinem qualquer documento para dizer que assinamos."
Lula afirmou que esteve em reunião com líderes de Estado até às 2h30 da madrugada desta sexta que ele "sinceramente, não esperava participar". "Era uma reunião com muito chefe de Estado e sinceramente submeter chefe de Estado com determinadas discussões há muito tempo eu não assistia", afirmou. "Me lembrou dos meus tempos de dirigente sindical, quando eu negociava com empresários".
Lula disse que a culpa por tal reunião era não ter trabalhado antes com responsabilidade. "Todos nós poderíamos oferecer um pouco mais se tivéssemos assumido boa vontade no último período. Todos nós sabemos do que é preciso para manter o compromisso das metas e o compromisso dos financiamentos. Temos que manter os princípios adotados no protocolo de Kyoto. Temos reponsabilidades comuns."
Lula afirmou ainda que "gostaria de sair daqui com o documento mais perfeito do mundo, mas se não conseguimos fazer até agora não sei se algum anjo ou algum sábio descerá nesse plenário e colocara na nossa cabeca a inteligência que nos faltou até agora".
O presidente brasileiro criticou o comportamento dos países ricos. "A questão não é apenas dinheiro. Os países em desenvolvimento e os ricos não devem pensar em dinhero como favor, não pensemos que estamos dando esmola, porque o dinheiro que será colocado na mesa é o pagamento pela emissão de gases de efeito estufa feita durante dois séculos por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro."
"Não é tarefa fácil", disse. "É necessário mostrar ao mundo de que com meias palavras e com barganhas a gente não encontraria uma solução dessa conferência", alfinetou.
O presidente disse que todos concordaram com o acordo inicial que cita o limite do aumento da temperatura global em 2 graus centígrados, "mas mesmo as metas, que deveriam ser uma coisa mais simples, tem muita gente querendo barganhar".
Lula foi muito aplaudido durante o discurso e ressaltou que o Brasil se comprometeu em apresentar metas de redução de emissão de gases em até 2020. "Assumimos nossos compromissos e transformamos em lei a redução de 36,1% a 38,9%." Lula citou que foram aprovadas mudanças na agricultura, no sistema siderúrgico, no aprimoramento da matriz energética e na redução do desmatamento da Amazônia em 80%.

Comentários