Se explique e, ponto Final

Por José Getúlio de Oliveira
Ao longo da última quinzena, muitas pessoas me abordaram e fizeram perguntas sobre o meu artigo intitulado “Plágio ou Falsidade Ideológica?", lembram-se? Uma das perguntas foi: Como você descobriu tudo isso? Minha resposta: Foi quando li o artigo “A menina do vestido azul”, que tem uma mensagem linda e minha memória acusou que eu já conhecia aquele texto, bastou um pouquinho de esforço para eu lembrar que era literatura de cordel de Francisco Diniz, mas cujo texto original é de autor desconhecido como o próprio Francisco Diniz frisa muito bem. Diniz diz que fez a rima e a métrica, mas que desconhece a autoria. Não foi diferente com outros textos, principalmente o de Dulce Critelli, “Passagens” cujo título foi alterado para "O Tempo” e o de Adriana Falcão, “Dia de Faxina”, trocado por “Dia de Limpeza” e que foram publicados em jornais de grande circulação como, Folha e O Estado de São Paulo em dezembro do ano passado.
Mesmo com a mudança de títulos reconheci partes do texto e foi aí que comecei a pesquisar sempre por frases do texto, e não mais o título. E aí, minha maior decepção; o João Barbosa não era o intelectual dos artigos tão bem escritos e com mensagens tão lindas que eu lia nas páginas de “O Jornal”. Percebi que a decepção não era só minha, pois pude vê-la também no rosto daqueles que me procuravam e comentavam meu artigo.
Eu, José Getúlio de Oliveira, confirmo mais uma vez as falsificações:
“Saiba sair de cena”, autoria de Luís Almeida Marins Filho.
“Estímulo e Reação”, que fala de Thomas Jefferson, totalmente copiado da internet;
“Procura-se um amante”, também copiado da internet;
“Sem medo de ser feliz”, cujo original é: “Perdi o temor” de autoria de Agnaldo Guimarães,
“Não seja pessimista”; original: “Não importa onde você parou”, de Carlos Drummond de Andrade,
“Felicidade realista” de Mário Quintana, onde ainda acrescentou algo de outros autores.
“O invejoso”: copiado da internet.
“Quem não sabe perder, perde sempre”, de autoria de Adriano Zandoná;
“Procura-se um amigo”; autor: Vinicius de Moraes. Copiado na íntegra,
E outros textos como, “O otimista e o pessimista” (05/09/2009), “Para um mundo melhor” (12/09/2009), “A força da palavra” (19/09/2009), “As vezes” (26/09/2009), “A mulher de 20 e a mulher de 40” (08/03/2010), “Coração de Mãe” (08/03/2010), “O humilde, o orgulhoso e o perdedor radical” (22/03/2010), todos também plagiados.
Fica aqui, então, o meu último alerta à sociedade Guairense sobre plágio, falsidade ideológica ou, dependendo do cargo que se ocupa, falta de decoro. Com todo respeito que tenho pelos diretores de “O Jornal”, devo dizer que, a meu ver não existiu nenhuma polarização de idéias como afirma a nota de primeira pagina da edição de segunda feira, dia 22/03/2010. O que eu fiz foi uma denúncia, grave, de que um articulista chamado João Francisco Barbosa copiava texto de pessoas importantes e assumia como se fosse dele. No meu ponto de vista isto é mentir para toda a sociedade se passando por intelectual. Agora, pergunto a todos: Apontar o descumprimento de uma lei (nesse caso, direitos autorais) com embasamento em provas documentais, é polarização? “Contra fatos não há argumentos” e como político poderei até discutir com outros políticos a elaboração de uma nova lei que talvez possa ser aprovada futuramente, mas, por enquanto a lei 9610/98 existente, é federal e aprovada em 1998 é a lei vigente.
Agora, outra pergunta: Por que o pseudoautor não deu explicações a seus leitores sobre a apropriação indevida das obras literárias de terceiros? E o que pensa ele a respeito dessa lei?
Acho que cabe também uma pergunta ao editor chefe de “O Jornal”, claro, sem ter que apartar brigas: O que acha de tudo isso?
Pergunto também ao chefe do legislativo municipal: É falta de decoro parlamentar?
De agora em diante fica para os que têm competência para resolver tal questão, sou apenas um cidadão comum mostrando a verdade.
Que Deus e a população de Guaíra julgue os atos do João Barbosa, de outros responsáveis e também a minha atitude em dar publicidade ao fato.
De agora em diante, não toco mais no assunto, a não ser, é claro, para me defender de alguma bravata. PONTO FINAL.

Por José Getúlio de Oliveira
E-mail: zegetulio@hotmail.com

Comentários

Anônimo disse…
Getúlio vc está certo em denunciar publicamente esta questão sobre o vereador João Barbosa,mas porque então não denuncia no Ministério Público / Justiça, já que se diz tão preocupado, admiro vc pela sua coragem em falar isto, que desmorou a falsidade, mas vc deve tomar atitudes concretas também... falar é fácil, difícil é fazer o que tem ser feito, precisamos de mais ação, e não de inércia...