A Crítica Destrutiva como sinal para um a nova jornada positiva.

Caro leitor (Eleitor)

Quem nunca ouviu falar sobre as famosas críticas destrutivas ou construtivas e suas respectivas emoções e sentimentos contra as mesmas, bem como, contra quem as proferiu? O que podemos encontrar no nosso horizonte afetivo a respeito de tais críticas?

Podemos encontrar em nossa psique um dos nossos mecanismo de defesa chamado: negação. Ao negar qualquer crítica, estamos defendendo nosso território emocional relacionado ao nosso conceito e a nossa imagem de estarmos de certa forma sempre com a razão; ou de estarmos sempre certos. Negamos e defendemos inconscientemente, ao aceitarmos melhor a chamada crítica construtiva. Pois esta não é uma ameaça à nossa imagem e aos nossos conceitos e respectivos preconceitos (que todos nós temos em algum grau).

Independente da crítica ser construtiva ou destrutiva o que diferencia o homem e sua inteligência multifocal está na capacidade de receber ambas como sinais de mudanças necessárias e fundamentais na trajetória da sua vida. Pois muitas vezes precisamos refletir sobre nossas condutas, conceitos e seus respectivos preconceitos, nossas falhas, tropeços, derrotas, e até vitórias como um rico e poderoso nécta de aprendizagem em nossas vidas.

Logo, ao receber ou fazer uma crítica destrutiva podemos ter em mente que este seja mais um sinal, um toque de que é preciso realmente destruir para reconstruir. É o amigo verdadeiro que diz o que é preciso; mesmo que não seja o que se gostaria de ouvir. Ou a devolução do psicólogo sobre algo que o cliente não gostaria de ouvir, mas que precisa ser dito. Ou até mesmo no âmbito físico, aquela reforma na casa onde as estruturas estão comprometidas e precisa realmente colocar tudo abaixo para reconstruir estruturas mais sólidas capaz de suportar todo o projeto do engenheiro e do arquiteto, para que a mesma não desabe sobre nossas cabeças. E devemos separar bem as coisas. O que é pessoal e o que não é; muitas de nossas críticas tem haver com nossas atitudes, ou seja, nossas ações e outras como nossos conceitos e preconceitos, sentimentos e emoções, ideais ou alienações e todo tipo de binômio que nossa cultura possa absorver.

Na espécie Humana ninguém nasce sabendo tudo de tudo. Somos a espécie que domina o mundo e a menos preparada para a sobrevivência após o nascimento; quanto contraste. Apesar de tal dominância, muitos se perdem no campo da emoção e dos sentimentos. Principalmente quando algo ou alguém ameaça de certa forma tudo aquilo que acredita ou que me foi passado como certo, justo e fundamental num “adequado” e “bom” convívio social.

Precisamos aprender a resgatar o nosso semelhante ou no mínimo a compreender o nosso diferente ou indiferente. Não é uma mera questão de estarmos exatamente certos ou errados, justos ou injustos. E sim o de resgatar a nossa capacidade dialética de voltar a pensar, sentir e a questionar as mudanças que estão ocorrendo em nossa volta numa velocidade jamais vista antes. É desenvolver a capacidade de amar o próximo seja este semelhante ou não; incondicionalmente. Melhor para quem ama a si próprio. Entender e praticar nossa capacidade de compreensão, tolerância, fiscalização, paciência e principalmente a compaixão para conosco e também para com todas as pessoas possíveis. E só assim, não temeremos mais as críticas destrutivas como pejorativas e temerosas; e sim como sinais de mudanças e necessidades de realmente destruir conceitos ou atos para uma nova reconstrução na dinâmica da grande jornada chamada vida. Não se diz: Se alguém lhe der um saco de limão, não será possível que possamos fazer muitas coisas com eles; até uma limonada?

A crítica destrutiva pode ser tão importante, motivadora, revigorante e verdadeira quanto à crítica construtiva? A máxima: “Conheça-te a ti mesmo” (Sócrates) ainda é uma necessidade constante na jornada desta desumana humanidade; e que pode com certeza ajudar a responder esta questão.

Independente do que possam fazer com suas críticas destrutivas ou não. O que importa é a sua capacidade de reconstruir mesmo diante de uma eminente crítica destrutiva. Então, mãos a obra!

Grande Abraço!

Lucas Benedito Saraiva Leite

Cidadão e Psicólogo.

Comentários

Anônimo disse…
Parabéns, Dr. Lucas, continue assim escrevendo e colaborando para o blog, assim como para a nossa comunidade, precisamos de pessoas iguais a você.