O Conselho.

Com os porões dos navios cheio de escravos, vindo do Continente Africano, eles viajavam meses nos porões dos navios amontoados, em condições desumanas, bebendo água e comendo restos de comida muitos morriam antes mesmo de desembarcarem no Brasil, seus corpos eram lançados ao mar.
Ao descer dos navios acorrentados iam direto para a Senzala (lugar sem iluminação, úmido e pouco espaço), no dia seguinte estão prontos para trabalhar nas plantações de cana a serviço do Senhor do Engenho donos dos escravos, assim era conhecido no século XVI.
A vida dos Negros vigiados pelo Capitão do Mato, como era conhecido o funcionário do Senhor do Engenho, vigiava os escravos com um chicote que dava medo a qualquer escravo que tentasse fugir, eles eram proibidos de praticarem suas culturas e sua religião, mesmo assim, ainda escondidos praticavam sua cultura que dela nasceu a Capoeira, conhecida mais tarde como Capoeira de Angola, após uma jornada de trabalho, seu descanso em casa à pequena senzala sem luz.
Vivendo como animais, em condições desumanas comendo restos, muitos ainda conseguiam comprar sua carta de eforria, juntado dinheiro a vida toda, mas como o preconceito era predominante na época, não conseguiam sobreviver nas cidades, a mata se tornou sua morada.
Os escravos também se revelaram contra os Senhores do Engenho e o sistema escravo que tinha que ser submetido, as lutas eram constante nas fazendas naquela ocasião, eles fugiam para a mata formando enormes quilombos, onde podiam praticar sua cultura e religião livremente, o mais conhecido era o Quilombo dos Palmares comandado pelo escravo fugitivo Zumbi dos Palmares, ali eles podiam praticar sua cultura livremente no meio da mata.
A Lei Eusébio de Queiróz acabou com o tráfico negreiro em 1850, em 1871 a Lei do Ventre Livre dava liberdade aos filhos de escravos que nasciam a partir daquele ano, mais tarde no ano de 1885 a Lei do Sexagenário que garantia a liberdade aos escravos com mais de 61 anos de idade. A maior vitória veio em 13 de maio 1888, foi promulgada a Lei Áurea criada pela Princesa Isabel, no qual os ecravos foram livres.
Foram tantas lutas e conquistas para preservar suas culturas que até hoje nos ensina, transmite sabedoria a cada história a ser contada nas escolas com a Lei Federal Nº 10.639, aprovada em janeiro de 2003.
O preconceito foi extinto e os negros foram tratados com dignidade, o respeito ancorado pelos Conselhos formados por Negros, prontos para defender a classe, que tanto fez por esse País de Todos.
Está sendo inevitável o embranquecimento dos Conselhos, com o poder do autoritarismo em uma sala onde o preconceito gotejam palavras de maldade a mando do Senhor do Engenho que esconde atrás de um Gabinete.
Nunca antes na história os Conselhos da Comunidade Negra desse Pais foram tão vigiados pelo Capitão do Mato, que tiram a liberde dos Conselhos e a justiça e moral estão escassas, o Capitão do Mato fala BEM alto palavras de perseguições, os olhos claros despertam a maldade que inibe as palavras negras que são a minoria entre os Capitães do Mato camuflados nas roupas belas e cheirando autoritarismo, nunca antes na histótira desse País, os Conelhos foram tão humilhados pelos Senhores do Engenhos e seus Funcionários Capitães do Mato máquina de maltrar a classe Negra, os Capitães do Mato estão prontos para usar seu chicote nas palavras de autoritarismo.
Os Conselhos devem ser livres para reevindicarem os direitos dessa classe, as palavras negras precisam ser a maoiria não a minoria. Viva a Comunidade Negra, Viva a liberdade! Viva o dia 20 de Novembro, Viva!

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