ONU denuncia aumento da violência contra jornalistas

A ONU denuncia o "aumento drástico" da violência contra jornalistas na América Latina, especialmente no Brasil, e apela para que governos tomem medidas urgentes para lidar com a situação. O alerta foi feito pela alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, que ontem apresentou sua avaliação completa das violações no mundo no primeiro semestre do ano.

Entre crimes na Síria, Paquistão e Sudão, a comissária optou por destacar a situação crítica que vivem os jornalistas nos países latino-americanos. "O aumento dramático na violência contra jornalistas em vários países na América Latina nos últimos meses é preocupante", afirmou, na abertura da 20.ª reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU. "Alguns governos enfrentam dificuldades para oferecer aos jornalistas proteção", disse.

A ONU tem acompanhado a situação brasileira, que classifica como "preocupante". No fim de abril, a entidade declarou-se "alarmada" pelo número de jornalistas executados no Brasil este ano e cobrou "medidas imediatas" do governo para garantir proteção. A declaração foi feita depois que o jornalista Décio Sá, de 42 anos, foi assassinado no Maranhão. Ele foi a quarta vítima entre jornalistas em apenas quatro meses, o que coloca o Brasil como um dos líderes no número de mortes na América Latina.

"Nós estamos alarmados com o fato de que mais um jornalista foi morto no Brasil neste ano", declarou na época Rupert Colville, porta-voz do Escritório da ONU para Direitos Humanos, com sede em Genebra. Mas a entidade insiste que o que mais a preocupa não é apenas o caso de Sá, mas a sequência de mortes. "Nós condenamos o assassinato de Décio Sá e estamos preocupados que essa tendência mine o exercício da liberdade de expressão no País", declarou Colville.

No alerta de ontem, a comissária destacou ainda a situação no México, onde seis jornalistas foram mortos em apenas 30 dias entre abril e maio deste ano.

A ONU apelou para que o caso do Maranhão e as demais mortes e ameaças contra jornalistas em 2012 sejam alvo de uma investigação aprofundada. A entidade, inclusive, fez uma cobrança clara ao governo brasileiro, exigiu medidas de proteção para prevenir novos incidentes. Na avaliação das Nações Unidas, a defesa da liberdade de expressão é um dos pilares da democracia.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,onu-denuncia-aumento-da-violencia-contra-jornalistas-,888172,0.htm

Comentários

não da nada !
esqueceu que o coronelismo ainda impera?
Não da nada,o povo ainda vive em baixo do chicote e ainda alaúde.
Será mesmo...
Ainda creio que a justiça é cega más, ainda enxerga no escuro.
Pense nisso senhores futuros advogados.
revejam seus posicionamentos...
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