Por Adeir Alves:
Vivenciamos um carnaval excelente, que custou aos cofres públicos quase trezentos mil reais. Uma grande festa é só alegria, todos se divertindo... É, na verdade, o carnaval do politicamente correto, as políticas públicas direcionadas aos mais pobres são apenas um detalhe a ser resolvido.
E as regiões periféricas, e os mais pobres? Enquanto o politicamente correto está sendo deslumbrada no excelente carnaval, as políticas públicas oriunda das ações governamentais estão sendo esquecidas.
Um Povo esquecido e um governo de ilusões. Enquanto o Povo dança, brinca e canta ao som do investimento público no carnaval, as políticas educacionais, culturais, esportivas, segurança pública e assistência social nos bairros, não cabe no discurso do politicamente correto, ou seja: Os mais pobres são apenas um pequeno detalhe, será?
É preciso emergir um governo para o Povo e do Povo, para os mais pobres, ou teremos um Povo esquecido e quando for lembrado, se nada for mudado, vem a grande festa do peão, mas não podemos deixar de acreditamos que ainda há um sonho por vir, nada mais justo do que sonharmos juntos que há sempre uma esperança... Um dia tudo pode mudar quando o gigante acordar, o Legislativo. Os nobres vereadores escrevem uma belíssima história, são sonhadores que fazem das dependências da Câmara Municipal um jardim de flores de pensadores.
Guaíra de festas, ou desperdícios de dinheiro público, é de grande responsabilidade que a lição de casa seja feita pelo governo, que o dinheiro público possa ser revertido em políticas públicas direcionado à comunidade pagadora de impostos, que a obrigação do prefeito municipal de erguer uma sociedade justa, igualitária, valores ensejados no palanque de 2016, não foi só apenas um discurso eleitoreiro, que faça parte dos planos das ações governamentais, ou ergueremos um Povo iletrado, uma sociedade acomodada nutrida pelo desejo do “pão e circo”, na mão única do retrocesso, o governo poderá acender um barril de pólvora preste a estourar nos próximos dias, pelos nobres vereadores. Há sempre uma esperança: Platão sonha com o deleite de aprender.
É a escassez de políticas públicas e a governança pecha deve aflorar um Legislativo autêntico e fiscalizador em defesa do Povo, um Legislativo oriundo dos anseios da população, que cobre, fiscalize, que aponte o dedo de seta para a governabilidade séria e responsável. Não podemos ovacionar um político dominado pela coroa da vaidade, não é possível construir cárceres usando festas como grades invisíveis, cerceando a cobrança de direitos, esmagando e dilacerando os sonhos dos mais pobres. O Povo não pode assumir a posição de eternas vítimas do sistema; é preciso reconhecer que temos grandes responsabilidades pelos caminhos que escolhemos trilhar em relação às ações do executivo.
É muito importante para o desenvolvimento da cidade oxigenar uma Guaíra de progressos onde os bairros sejam uma ramificação das ações do Paço Municipal Messias Cândido Faleiros, que o dinheiro público possa ser bem aplicado no desenvolvimento de nossa população, que tenhamos um Legislativo observador e crítico, então que venham as festas!
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