O aprendizado sobre a cassação da chapa de Zé Eduardo, e quem vai carregar esse fardo na biografia de Guaíra?

Adeir Alves:

Há épocas de eleições, nosso município vive um deselegante cenário de guerra entre os grupos políticos; cada coligação impõe seu poder bélico, e não deveria ser assim, até porque a democracia foi costurada no manto da liberdade de opiniões e respeito ao pluralismo de ideias. 

 No entanto, o juntando que detém o maior poder aquisitivo tem grandes chances de minar os partidos com menos recursos, porque eles mantêm os donos da imprensa (os cão de guarda de políticos) sob seu comando. 

Essa desigualdade está, entretanto, enraizada na história política cujos valores democráticos são enterrados na estirpe do poder absoluto dos apoiadores de campanhas políticas, os poderosos! A escolha de nossos representantes, seja no executivo ou legislativo é o cordão umbilical gestado no ventre da democracia, por isso, não se vencer uma eleição caminhando ao lado de uma imprensa mequetrefe guiada por um dupla de irresponsável! 

Zé Eduardo venceu as eleições de 2020 com quase 60% dos votos – e isso - contudo - foi um golaço de placa nas urnas; o outro lado da moeda, o “Jornal Hora da Notícia” criado às vésperas do último pleito eleitoral atrapalhou, convenhamos, toda a estratégia fomentada pelo grupo. Será que há culpado pelo veredicto que impetrou a sentença que culminou na cassação da candidatura dos envolvidos, atribuído ao egrégio Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) ? Afinal, quem vai carregar esse fardo na biografia de Guaíra!?

 “Para o Filósofo Kant, a paciência é amarga, mas seus frutos são doces”.

 Quanto tudo parece estar tão ruim , mas nada que aconteça possa piorar, a decisão de ontem (16), do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo, Dr. Nuevo Campos, de negar mais um recurso da defesa dos envolvidos na ação (abuso da prática de poder econômico envolvendo o “Jornal A Hora da Notícia” ), com isso, fica mantida a afirmação da primeira (1ª) Instância condenatória, que proferiu a cassação da candidatura e, concomitante, a ilegibilidade de um dos reclamantes. 

“Na verdade, como o cenário dantesco, como nunca antes na história do município, o povo perdeu o encanto pelo grupo de Zé Eduardo”! 

Ficou claro, Zé Eduardo chegou em primeiro, mas não subiu no pódio. E, isso por sua vez, é um pedagógico aprendizado para as próximas eleições municipais. Não é mais possível vencer uma disputa eleitoral caminhando à sombra de um jornal turbinado por matérias ácidas e ofensivas aos adversários políticos, ainda mais, a meu ver, conduzido por uma dupla de comediantes.

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