Um Governo de ilusões e um Legislativo inócuo

Adeir Alves: 

 “Uma sociedade sem direito à informação não é capaz de fazer suas próprias escolhas políticas livremente!” 

 É o povo que escolhe seus governantes a cada quatro anos, e isso é democracia. A democracia, que significa Governo do Povo, teve suas raízes na Crécia  antiga; entretanto, o sistema democrático é um regime de governo de mão única entre Povo e Governança. Porém, o estado democrático dá o direito aos cidadãos de participarem das decisões de seus representantes, ou seja, sua escolha política precisa ser consciente!

 Há uma questão muito importante quanto ao trabalho do Legislativo nas Câmaras Municipais ao encontro de Gestores e de encontro do desenvolvimento dos respectivos municípios. Para que as atribuições dos Legisladores sejam amparadas no anseio popular, pressupõe-se que a presença da sociedade civil organizada, dos presidentes de bairros, entidades sociais, partidos políticos, presidentes de sindicatos, conselhos municipais, dos representantes da ordem dos advogados (OAB), autoridades competentes assistindo às sessões da Casa de Leis, a fim de emergir uma sociedade crítica e participativa nas ações do Governo. 

 Entretanto, em algumas cidades por esse Brasil a fora, o que tem acontecido, infelizmente, é uma sociedade mal representada por políticos sem conhecimentos de suas ações públicas, operando às margens do executivo, votando projetos que, no futuro, comprometerá o orçamento de sua cidade e, com isso, enfraquecendo o poder de investimento da prefeitura.

 Quando uma classe de homens públicos não têm conhecimentos de suas prerrogativas, há um irresponsável eufemismo moldado pelo discurso apoteótico ao governo de ilusões. 

 A saúde pública e a educação são as pastas às quais mais sofrem com a escassez de investimentos ocasionado pelo engessamento no orçamento público – fruto da falta de comprometimentos dos políticos ao votar documentos que beneficiam a coligação pertencente ao chefe do executivo. 

 Não é normal a saúde pública carecer de médicos especialistas, falta  de medicamentos e, muito menos,  uma Santa Casa endividada. 

A educação ainda não conseguiu voltar com os Cecons, sequer com as aulas de reforço por meio do Programa Mais Educação, escola precisando de melhores estruturas, um plano de carreira mais digno aos profissionais da educação. 

 No esporte também não se tem notícias das escolinhas de bairro, nem do retorno das aulas das várias modalidades esportivas, quadras de vários bairros necessitando de investimentos. 

 Na área do desenvolvimento econômico não vemos o esforço de buscar  empresas, indústrias para gerar mais empregos, também carece de mais cursos de capacitação.

 Na pasta  da assistência social vemos o CCI fechado, o Núcleo do Mutirão II fechado. 

 No setor de serviços urbanos presenciamos uma cidade suja, faltando liderança para o gestor desta pasta  que  tem  mais de 500 pessoas, porém não tem tido conhecimento em logística para melhor resolver esse problema de limpeza, assim como nossas praças se encontram abandonadas. 

 Nosso Parque Maracá, o cartão postal,  demostra  a falta  de investimento na  iluminação da pista de atletismo, entre a quadra de vôlei de areia e o estacionamento da Casa de Cultura. 

 Na pasta da agricultura vemos a falta de apoio aos pequenos e médios agricultores, nossas estradas rurais necessitando de maior cuidado. 

 Na repartição da segurança,   precisamos de um planejamento  eficiente e estratégico que conte com as câmeras de segurança. 

O problema da  habitação, que  precisa  de mais casas populares para diminuir o déficit habitacional, e, como isso,  acabara  a especulação imobiliária que assola o município.

 Precisamos de mais vereadores antenados aos problemas de nossa cidade, que busquem leis que melhorem a qualidade de vida da população e fiscalizem os atos do executivo de maneira independente. 

É  desanimador  presenciar  o Legislativo caminhando à sombra de um governo  perdido, que ainda teima em jogar a culpa no governo anterior, com sete meses de gestão, ainda não conseguiu mostrar para que viesse. 

Na verdade a ausência dos órgãos fiscalizadores pavimenta um caminho ao inóspito, dificultando a vida da cidade. Contudo, a sociedade civil organizada, que anseia a um governo eficiente e transparente em suas atividades públicas deve estar atenta aos sinais que o Prefeito emite. 

 “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” Geraldo Vandré

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