Operação Golpe Baixo, o que mudou de lá pra cá?

Adeir Alves:

 Em dezembro deste ano, a “Operação Golpe Baixo” completa dois anos de seu  acontecimento, mas e o que foi feito para evitar e punir os desvios éticos de servidores e prestadores de serviços à prefeitura? 

 Como tudo aconteceu: Na manhã do dia 09 de dezembro de 2020, o colendo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da cidade de Franca - SP, deflagrou em nosso município, uma deselegante Operação batizada com o nome de “Golpe Baixo”. 

 No entanto, há época, foram apresentados oitenta (80) mandatos de busca e apreensão e 10 pedidos de prisões temporárias; na ocasião, Guaíra acordou estremecida, como nunca antes na história acontecerá! 

 “Uma sociedade pagadora de impostos tem o direito de não ser vítima da corrupção”. 

 Foi na data da invasão ao “Paço Municipal Messias Cândido Faleiros”, pelas autoridades judiciárias, que o município foi página dos jornais e televisão na região, recheados de matérias pífias. 

 No entanto, o processo envolvendo os aludidos, acorre sob sigilo de Justiça, ou seja, não se tem notícia de como está o andamento do caso!? 

 Por isso é muito importante, que a Câmara de Vereadores, representante legítima de nossa comunidade, quebre o silêncio e, junto com o Ministério Público (MP), à Ordem dos Advogados (OAB), Sindicato dos Servidores, à sociedade civil, acendam a profícua discussão sobre o aperfeiçoamento à   Lei Orgânica Municipal (LOM),  a fim de proteger o erário público e dar transparência às atividades governamentais. 

Na verdade, o que a sociedade quer e deseja é ter uma cidade mais limpa, segura, com políticas nas áreas de: educação, saúde, assistência social, cultura, esporte, meio ambiente, obras e outras, funcionando bem e cumprindo seu papel de garantir qualidade de vida melhor a população, que  trabalha a  metade de um ano somente para pagar impostos. 

 Precisamos de um Parlamento mais atuante, pois alguns Vereadores que estão no atual mandato, estavam no mandato anterior e não cumpriram com o seu papel de fiscalizador e zelar pelo erário público, como ordena à Lei Orgânica  e a Constituição Federal (CF).

 Precisamos de representantes que pensem no bem comum e não em seu próprio umbigo, visando apenas seus interesses.

 Compete, também, ao Legislativo adequar à Lei e o Regimento da Casa, cabendo-lhes impor medidas para evitar o paradoxo: Legislador investigado pelo Ministério Público, não pode, até ao final do processo, fazer parte da comissão de ética, justo!? 

 Com o aperfeiçoamento à Lei, os Parlamentares têm a chance de erradicar os vícios políticos, emergindo uma sociedade crítica, justa, com plenos direitos e deveres. 

 “A ausência da ética deixa um vácuo onde se propaga a onda da corrupção.” Antônio Gomes Lacerda 

 “Não existe democracia onde impera a corrupção, a injustiça, a mentira e a hipocrisia.” Mauro Roberto

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