“Como vamos emergir a consciência crítica de que a democracia caminha muito além do direito ao voto, se a inversão de valores têm preço”!?

Adeir Alves: 

 Começo este texto trazendo uma profícua reflexão da fala histórica de Malcolm X : “Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo.” 

 Os contratos firmados entre as prefeituras e donos (as) de imprensa, sempre quando são publicados nos “Diários Oficias”, inflamam-se as discussões nos bastidores das redes sociais quanto à inversão de valores que estes acordos produzem à sociedade. 

 As verbas publicitárias transformaram em um mecanismo espúrio de proteção as “coligações partidárias”; um ciclo vicioso envolvendo grupos políticos e empresas de comunicação. 

Quanta deselegância! À custa do erário público, os veículos de informações vêm oferecendo um desserviço à comunidade; e não é de hoje! 

 Na verdade, a imprensa, de gestão a gestão, é acariciada, dobrada, amassada e adestrada - ou seja -  é um cão de guarda indômito de governo. 

No entanto, o Código de ética do jornalismo ressalta no Artigo 4º que, “O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação; também enfatiza o Artigo 11 (inciso 1): o jornalista não pode divulgar informações visando o interesse pessoal ou buscando vantagem econômica”.

 Portanto, não é e não pode ser normal aos olhos das autoridades competentes, um robusto contrato de "Um Milhão" a uma empresa de publicidade e, na contra mão dos contribuintes, a ausência de uniformes na rede educacional, as praças abandonadas, a renuncia governamental aos processos culturais, esportivos e de lazer, a fragilidade dos serviços públicos, a escassez de investimentos na cidade como um todo.

 A  máquina administrativa que faz uso do Diário Oficial, Site de Informações e Pagina nas Redes Sociais e, ainda mantém acordos com os detentores dos meios de comunicação, pressupõe-se que esta não quer ser fiscalizada, ou muito menos questionada! 

Agora, caro leitor, não é difícil entender o porquê a imprensa de seu município publica matérias de interesses políticos e econômicos

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